A Secretaria da Saúde (SES) emitiu nota que reforça ações de vigilância e prevenção da varíola dos macacos em Goiás. A pasta diz que implementou uma série de recomendações feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ao declarar a Monkeypox como emergência de saúde global, como divulgação de informações sobre sintomas, transmissão e definição de casos. A pasta estadual afirma que importante que a população fique em alerta para conter o avanço da doença no Estado, que possui 12 casos confirmados.
A declaração da Monkeypox como emergência global foi feita no último sábado (23). Assim, a SES especificou, por meio de nota técnica, os sintomas, as formas de transmissão, a definição de casos e as medidas que devem ser adotadas diante de casos suspeitos, prováveis e confirmados de Monkeypox.
A varíola dos macacos foi detectada fora dos países endêmicos (na África Central e Ocidental) primeiro no Reino Unido. Depois se espalhou para vários países, incluindo o Brasil. Em Goiás, já são 12 casos confirmados, um provável e 16 suspeitos, além do monitoramento de 22 viajantes, conforme dados do último boletim emitido na sexta-feira (22).
Segundo a Secretaria da Saúde, a transmissão pode ocorrer por meio do contato pessoa a pessoa, ou ainda com material corporal humano contaminado com o vírus, sobretudo nas lesões de pele. A pasta reforça que, apesar de ser chamada de “varíola dos macacos”, os macacos são vítimas da doença, assim como os humanos, e que na forma detectada em 2022, o contágio é apenas entre humanos.
O que fazer em casos suspeitos de varíola dos macacos?
De acordo com a SES, em casos nos quais surjam sintomas como erupções (lesões na pele), acompanhadas ou não de febre e linfadenomegalia (caroços pelo corpo), as pessoas devem procurar imediatamente uma unidade de saúde.
Os profissionais da rede pública e rede privada foram capacitados para fazer o diagnóstico diferencial, já que os sintomas podem ser os mesmos de outras doenças, como catapora, herpes vírus, sífilis; levantar os contatos e monitorar os casos até que seja concluída a investigação.
A notificação é obrigatória de qualquer caso suspeito às vigilâncias epidemiológicas, que vão orientar o isolamento dos casos e monitorar os contatos. A população deve manter hábitos como lavar sempre as mãos, usar álcool em gel, evitar aglomerações sempre que possível e usar máscaras em locais fechados, especialmente pessoas mais vulneráveis como crianças, idosos, gestantes e portadores de quadros de imunodeficiência.
Como prevenir a monkeypox?
Entre humanos, a transmissão da Monkeypox ocorre por contato com fluidos corporais, lesões na pele ou em mucosas, como boca ou garganta, gotículas respiratórias durante contato pessoal prolongado e por meio de objetos contaminados. A transmissão geralmente requer contato pessoal prolongado, o que coloca os profissionais de saúde, membros da família e outros contatos próximos de pessoas infectadas em maior risco.
Os sintomas podem incluir febre, dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dor muscular, calafrios e exaustão. A Monkeypox é geralmente uma doença autolimitada com sintomas que duram de duas a quatro semanas, denotada pelo surgimento de lesões na pele. O período de transmissão da doença se encerra quando as crostas das lesões desaparecem. O período de incubação é de seis a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
Por ser transmissível, a doença exige cuidados para a identificação dos pacientes, o isolamento, a notificação dos casos, a realização de testes laboratoriais e o monitoramento dos contatos. O tratamento é baseado em medidas de suporte com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e evitar sequelas.
Casos graves
Os casos graves ocorrem mais comumente entre pessoas imunossuprimidas. As complicações podem incluir infecções secundárias, broncopneumonia, sepse, encefalite e infecção da córnea com consequente perda de visão.
Historicamente, a taxa de letalidade variou entre 0 e 11% na população em geral. Nos últimos tempos, a taxa de mortalidade está em cerca de 3%.