Gloria Perez, 73, usou as redes sociais nesta quinta-feira (11) para relembrar a filha, Daniella Perez. A atriz completaria 52 anos se não tivesse sido assassinada em 1992. “É o seu dia, numa vida —a minha—, em que todos os dias são seus”, escreveu a autora de novelas da Globo. Ela também publicou um vídeo com uma série de imagens da filha em diversas idades, da infância à vida adulta. A história voltou às rodas de conversa neste ano com o lançamento do documentário “Pacto Brutal” pela HBO Max. A produção, inclusive, foi elogiada pela autora da Globo pela forma como retratou a filha.
“Esse ano, o documentário Pacto Brutal devolveu sua identidade, tirou você do terreno da ficção e resgatou a pessoa real, a pessoa doce, afetuosa, em seu mundo de delicadeza estraçalhado pela ambição e a inveja de um casal de psicopatas”, escreveu Gloria.
O assassinato de Daniella Perez completou 30 anos em 2022. O corpo da atriz, na época em franca ascensão na Globo, foi encontrado em um matagal na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), na noite de 28 de dezembro de 1992, com 18 perfurações, a maioria na região do coração.
O relato de uma testemunha levou a polícia a Guilherme de Pádua, colega de elenco da vítima, e à mulher dele, Paula Thomaz. Cada um dos dois foi condenado por homicídio qualificado a uma pena de quase 20 anos de prisão, após o júri popular acatar a tese da acusação de que o casal premeditou o crime —Paula Thomaz, por ciúmes do marido; Guilherme de Pádua, por vingança contra a autora da novela, já que seu papel na trama vinha sendo reduzido.
Os dois têm versões diferentes. Paula Thomaz nega que tenha participado. Guilherme de Pádua, que em depoimentos à polícia assumiu a culpa, depois passou a sustentar a tese de que a sua então mulher, tomada de ciúmes pela relação dos dois parceiros de cena, é quem teria se atracado com Daniella Perez no matagal.