O estado de Goiás registrou os primeiros casos de varíola dos macacos em crianças e idosos. Segundo o boletim diário divulgado pela Secretaria da Saúde (SES-GO) na terça-feira (16), uma criança de 9 anos e um idoso de 64 foram diagnosticados com a doença. O número de infectados saltou para 120.
De acordo com a SES-GO, dos pacientes diagnosticados com a varíola dos macacos, 118 são homens e duas são mulheres, com idade entre 9 a 64 anos.
Além das 120 confirmações, há 267 casos suspeitos e um caso provável da doença no território goiano. Outros 115 casos foram descartados.
Do total de registros, 95 foram feitos em Goiânia. Também há casos positivos em Aparecida (13), Águas Lindas (1), Anápolis (1), Bom Jesus de Goiás (1), Cidade Ocidental (2), Inhumas (1), Itaberaí (1), Luziânia (2), Senador Canedo (1) e Valparaíso (2).
Como ocorre a transmissão da varíola dos macacos?
Entre humanos, a transmissão da varíola dos macacos ocorre por contato com fluidos corporais, lesões na pele ou em mucosas, como boca ou garganta, gotículas respiratórias durante contato pessoal prolongado e por meio de objetos contaminados. A transmissão geralmente requer contato pessoal prolongado, o que coloca os profissionais de saúde, membros da família e outros contatos próximos de pessoas infectadas em maior risco.
Os sintomas podem incluir febre, dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dor muscular, calafrios e exaustão. A Monkeypox é geralmente uma doença autolimitada com sintomas que duram de duas a quatro semanas, denotada pelo surgimento de lesões na pele. O período de transmissão da doença se encerra quando as crostas das lesões desaparecem. O período de incubação é de seis a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
De acordo com a SES, em casos nos quais surjam sintomas como erupções (lesões na pele), acompanhadas ou não de febre e linfadenomegalia (caroços pelo corpo), as pessoas devem procurar imediatamente uma unidade de saúde.
A notificação é obrigatória de qualquer caso suspeito às vigilâncias epidemiológicas, que vão orientar o isolamento dos casos e monitorar os contatos. A população deve manter hábitos como lavar sempre as mãos, usar álcool em gel, evitar aglomerações sempre que possível e usar máscaras em locais fechados, especialmente pessoas mais vulneráveis como crianças, idosos, gestantes e portadores de quadros de imunodeficiência.