As pretensões de “Hypnotic – Ameaça Invisível” são até bacanas, mas no frigir dos ovos temos um filme apressado, que opta mais pela diversão fantástica do que, necessariamente, em desenvolver os conceitos de sua história. No entanto, o longa, confesso, consegue ser minimamente divertido para assistir em um domingo depois do almoço. Não é nada excepcional, ou memorável, mas é uma diversão ligeira que não ofende – mas requer a suspensão de descrença.
Na trama, Ben Affleck interpreta o detetive Danny Rourke que começa a investigar uma série de roubos onde irá descobrir que a sua própria filha, até aqui desaparecida, está conectada ao caso de alguma maneira. E o problema irá envolver um vilão conhecido pelo alto poder de hipnose, o que torna tudo ainda mais imprevisível já que a realidade começa a se misturar com as recriações do cérebro.
Lidar com realidade é um tema bastante comum na ficção científica, e inserido na embalagem de um blockbuster tivemos anos atrás o popular “A Origem” do diretor Christopher Nolan, que lida com o mundo dos sonhos. “Hypnotic” nitidamente se inspira no estilo de produção de Nolan, e também mescla outras inspirações como “Scanners”, por exemplo.