As forças de segurança que investigam as circunstâncias da morte do policial penal de Goiás José Françualdo Leite da Nóbrega, cujo corpo foi encontrado no último sábado (6) depois de mais de um mês desparecido, acreditam que os cinco homens suspeitos de matá-lo “plantaram” provas para despistar a polícia.
Os suspeitos são funcionários de uma loja da qual Françualdo era dono, especializada em alugar materiais de construção. Dois deles já estão presos: Manelito de Lima Júnior e Daniel Amorim Rosa Oliveira. Manelito era considerado o braço direito de Françualdo e cuidava da parte financeira do estabelecimento comercial.
Em depoimento à polícia, um dos irmãos da vítima, José Wagner, afirma que notou o comportamento estranho de Manelito. “O Manelito logo se mudou de Goiás para Brasília. Chegamos a ameaçá-los de demissão, caso não nos ajudassem nas buscas. Eles estavam muito estranhos”, disse.
“Eu recebia muitas ligações de pessoas de outros estados, como Rio Grande do Sul, para dizer que meu irmão estava lá. Foram táticas articuladas por eles (assassinos) para desviar o foco de nossa nas buscas. Em vários momentos, eles diziam que o Françualdo estava vivo e que iria aparecer”, completou Wagner.
Desvios na loja
As informações preliminares colhidas pela Polícia Civil sugerem que Françualdo morreu no mesmo dia em que ele desapareceu, ou seja: 27 de novembro de 2023. Ele teria descoberto o desvio de dinheiro do caixa da loja e estaria organizando uma reunião com os funcionários para falar sobre a realidade financeira do estabelecimento.
Na noite de 27 de novembro, Françualdo, teria preparado um churrasco na chácara onde morava, em Águas Lindas, e chamado Manelito, Daniel e Felipe Nascimento. De acordo com as investigações, o policial foi surpreendido e assassinado com um tiro nas costas e três no peito. O responsável pelos disparos teria sido Manelito, apontado como o mentor do crime.