O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recua em sua decisão e confirmou o envio de dois observadores para a eleição presidencial na Venezuela, liderada pelo ditador socialista Nicolás Maduro. O pleito, marcado para o dia 28 de julho, tem sido alvo de controvérsia.
Em junho, o TSE havia declarado, por meio de uma nota, que não enviaria observadores. No entanto, o tribunal mudou sua posição e enviou um ofício ao Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores), confirmando sua participação na missão de observação.
Além do TSE, o Partido dos Trabalhadores (PT) também enviará ao menos dois representantes para acompanhar as eleições na Venezuela. O primeiro nome confirmado é o ex-deputado José Geraldo Silva (PT-BA), um dos atuais vice-presidentes do partido. O segundo representante será Monica Valente, ex-secretária de Relações Internacionais do PT e atual secretária-executiva do Foro de São Paulo. Monica é esposa do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
Os petistas estarão presentes na Venezuela para monitorar o pleito, no qual a principal candidata de oposição, María Corina Machado, foi impedida de concorrer. Em seu lugar, Edmundo González disputará a presidência.
A decisão de enviar observadores foi criticada pelo Itamaraty, que a considerou incompatível com o acordo firmado em Barbados, pelo qual o governo venezuelano prometia eleições livres em troca do fim de sanções. O presidente Lula, conhecido por sua aliança com Maduro no cenário internacional, também expressou surpresa com a decisão de barrar candidaturas da oposição.