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Polícia Civil de SP conclui inquérito sem indiciar Lulinha após agr3ssão contra ex-companheira
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Publicado em 19/07/2024

Na segunda-feira (15), a Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito que investigava Luís Claudio Lula da Silva, filho caçula do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sob suspeita de ter praticado violência contra a ex-mulher, Natália Schincariol. A investigação foi encerrada sem indiciamentos, o que significa que nenhum crime foi atribuído a ele.

 

De acordo com a Polícia Civil, a ausência de lesões corporais documentadas e a não confirmação clara de violência psicológica impediram um indiciamento imediato. O relatório do inquérito foi enviado ao Ministério Público de São Paulo, que agora avaliará os próximos passos. A Promotoria pode optar pelo arquivamento do caso, realizar novas diligências para esclarecer dúvidas ou, se considerar suficientes as provas, apresentar uma denúncia contra Luís Claudio. A opinião da autoridade policial não vincula a decisão do promotor.

 

 

Natália Schincariol, ex-companheira de Luís Claudio e médica de 30 anos, registrou um boletim de ocorrência em abril deste ano por violência doméstica, obtendo uma medida protetiva em seu favor. No boletim, feito via delegacia eletrônica, ela relatou ter sido cotovelada na barriga durante uma briga em janeiro, além de sofrer constantes ataques verbais que afetaram sua saúde mental. Natália mencionou hospitalizações por crises de ansiedade e alegou ter sido ameaçada e ofendida pelo ex-companheiro, que a teria chamado de “doente mental”, “feia” e “vagabunda”. Ela explicou à polícia que não registrou boletins anteriormente devido a ameaças e manipulações.

 

Ambos foram ouvidos na Delegacia da Mulher e afirmaram que a cotovelada foi acidental durante uma disputa por um celular. Sem exame de corpo de delito à época do incidente, e dado o intervalo até o registro policial, não houve confirmação de lesão corporal. A polícia não se pronunciou sobre a intenção por trás do incidente. Quanto aos ataques verbais, muitas das mensagens anexadas pela ex-companheira no inquérito não continham as ofensas mencionadas de forma explícita. Natália afirmou que essas ocorriam verbalmente. A maioria das conversas abordava disputas conjugais e questões patrimoniais.

 

 

 

 

Natália inicialmente prometeu testemunhas para depor, mas acabou desistindo. Ela também incluiu documentos médicos no inquérito, referentes a uma internação que atribuiu às violências psicológicas sofridas. A análise desse material foi deixada para o Ministério Público. Luís Cláudio negou à polícia qualquer forma de violência contra sua ex-mulher.

 

O Ministério Público de São Paulo agora tem a responsabilidade de determinar os próximos passos no caso.

 

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