Partidos com cadeira na Esplanada de Lula têm pressionado deputados a não assinarem e até retirarem assinaturas do pedido de instalação de uma CPI para investigar os negócios dos irmãos Joesley e Wesley Batista envolvendo o Ministério de Minas e Energia (MME). Entre quarta-feira (24) e quinta-feira (25), o autor do requerimento, deputado Ricardo Salles (PL-SP), recebeu três ligações de parlamentares que, pressionados, retiraram suas assinaturas. As informações são do site Diário do Poder.
PP e Republicanos, cada um comandando um ministério, e PSD, chefiando três pastas, estão entre os partidos que têm pressionado os deputados. A oposição quer investigar a medida provisória editada pelo governo Lula que afastou o risco de a Âmbar Energia, dos Batista, tomar um calote bilionário.
Além disso, estão na mira várias reuniões, omitidas da agenda oficial, entre executivos da empresa e membros do alto escalão do ministério. Até a convocação do ministro Alexandre Silveira para prestar esclarecimentos está em risco, podendo ficar limitada a pedidos de informação e convites, que podem ser recusados.
Pressão Partidária
Partidos Envolvidos: PP, Republicanos e PSD.
Motivo da Pressão: Afastar o risco de investigação sobre negócios envolvendo a Âmbar Energia e o MME.
Impacto: Deputados estão retirando suas assinaturas do pedido de CPI.
Investigação em Foco
Medida Provisória: Editada pelo governo Lula para evitar calote bilionário da Âmbar Energia.
Reuniões Secretas: Reuniões omitidas da agenda oficial entre executivos da empresa e membros do ministério.
Convocação de Silveira: Risco de limitar a convocação do ministro a pedidos de informação e convites.
A pressão dos partidos da base aliada para impedir a instalação da CPI evidencia as dificuldades enfrentadas pela oposição em investigar possíveis irregularidades nos negócios dos irmãos Batista com o MME. A movimentação nos bastidores revela a complexidade e as tensões políticas envolvidas na busca por transparência e responsabilidade nas ações governamentais.