O Ministério das Comunicações enfrentou uma onda de críticas após modificar a foto icônica da ginasta Rebeca Andrade, campeã olímpica, substituindo sua imagem por um logotipo de um programa governamental em uma publicação no Instagram. A foto original, que captura um momento histórico dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, mostra Rebeca sendo reverenciada por Simone Biles e Jordan Chiles após conquistar a medalha de ouro no solo.
A substituição da imagem de Andrade, que se destacou ao se tornar a maior atleta olímpica do Brasil, gerou controvérsia e foi rapidamente percebida como um uso inadequado da imagem da atleta para fins de promoção de uma iniciativa governamental. Sob o título “Computadores para Inclusão”, a postagem foi vista como uma tentativa de capitalizar politicamente sobre o sucesso de Rebeca.
Após a reação negativa nas redes sociais, o ministério emitiu um pedido de desculpas, afirmando: “Pedimos sinceras desculpas a Rebeca e a todos os brasileiros e brasileiras, pela postagem anterior, especialmente às mulheres pretas, que estão tão bem representadas no pódio da Rebeca Andrade.” Apesar do pedido de desculpas, a pasta manteve o uso da conquista de Andrade como uma metáfora para promover seus programas.
A atitude do ministério foi criticada até pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que destacou o ato como um “ultraje” por retirar Rebeca de sua foto histórica para substituí-la por um computador.
Rebeca Andrade, por sua vez, solidificou sua posição como uma das maiores atletas olímpicas do Brasil, com um total de seis medalhas olímpicas, superando grandes nomes como os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt. Seu desempenho em Paris foi notável, alcançando quatro pódios em uma única edição dos Jogos, um feito sem precedentes na história olímpica brasileira.
Essa controvérsia levanta questões importantes sobre o uso de imagens de atletas em campanhas publicitárias, especialmente quando estão vinculadas a realizações que reverberam orgulho e identidade nacional.