Durante uma transmissão para a televisão, o ditador Nicolás Maduro comparou as ações dos tribunais brasileiros e venezuelanos, mencionando as eleições no Brasil e as subsequentes tentativas de Jair Bolsonaro de contestar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Maduro afirmou que, no Brasil, a justiça ratificou a vitória de Lula, destacando que as instituições em grandes países, como Brasil e México, garantem o funcionamento da democracia. Ele sugeriu que o mesmo deveria ocorrer na Venezuela.
Maduro também fez uma comparação maliciosa entre os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro de 2023 no Brasil e as manifestações que descreveu como “legítimas e pacíficas” na Venezuela. Durante as manifestações do “Grande Protesto Global pela Verdade na Venezuela”, lideradas pela oposição, cidadãos em várias partes do mundo pediram o respeito aos resultados das eleições de 28 de julho. Em resposta, o regime de Maduro organizou um “contraprotesto” e atacou a oposição, especificamente Edmundo González Urrutia, a quem acusou de estar “escondido” e de planejar uma fuga para Miami.
González Urrutia, que afirma ter vencido as últimas eleições, mas teve sua vitória negada, defendeu uma “transição pacífica” na Venezuela e criticou o regime de Maduro por perseguir, prender e assassinar venezuelanos que exigem respeito à sua vontade expressa nas urnas. Em sua retórica, Maduro responsabilizou González Urrutia pelas mortes e pela destruição ocorridas durante os protestos, aumentando ainda mais a tensão política no país.