O setor público consolidado encerrou novembro com um déficit primário de R$ 6,620 bilhões, conforme divulgou o Banco Central (BC) nesta segunda-feira (30). Apesar do resultado negativo, o déficit foi significativamente menor que o registrado no mesmo mês de 2023, quando chegou a R$ 37,270 bilhões.
Renato Baldini, chefe-adjunto do departamento de estatísticas do BC, destacou que o déficit de novembro foi o menor para o mês desde 2021.
O déficit de novembro reflete os seguintes desempenhos:
Governo central (Tesouro, Previdência e BC): déficit de R$ 5,681 bilhões;
Estados e municípios: superávit de R$ 405 milhões;
Estatais (exceto Petrobras, Eletrobras e bancos públicos): déficit de R$ 1,343 bilhão.
Nos 12 meses até novembro, o déficit primário acumulado foi de R$ 192,871 bilhões, equivalente a 1,65% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse valor representa uma melhora em relação a outubro, quando o déficit acumulado era de 1,93% do PIB.
Considerando o déficit nominal, que inclui despesas com juros, o setor público registrou saldo negativo de R$ 99,079 bilhões em novembro. Esse resultado foi influenciado por despesas com juros de R$ 92,459 bilhões, somadas ao déficit primário de R$ 6,620 bilhões.
Nos últimos 12 meses, o déficit nominal totalizou R$ 1,111 trilhão, ou 9,50% do PIB, um aumento em relação aos 9,42% registrados em outubro.
As despesas com juros acumuladas até novembro somaram R$ 918,163 bilhões, o equivalente a 7,85% do PIB. Esse número cresceu em relação a outubro, quando os juros representaram 7,49% do PIB.
O levantamento do BC exclui empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, além de bancos estatais, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. As estatísticas se referem exclusivamente ao setor público não financeiro.