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Terra gira mais rápido e esta quarta-feira (9) será o dia mais curto do ano; entenda
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 09/07/2025 14:13
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Com a Terra girando mais rápido, a quarta-feira (9) será marcada por um fenômeno curioso: será o dia mais curto do ano, com cerca de 1,30 milissegundo a menos do que as habituais 24 horas. Segundo especialistas, essa aceleração da rotação não é motivo de preocupação, mas desperta a atenção da comunidade científica.

 

 

De acordo com o portal G1, essa variação pode se repetir em outras datas ainda neste ano, como nos dias 22 de julho e 5 de agosto, com 1,38 e 1,51 milissegundo a menos, respectivamente. O recorde anterior foi registrado em 9 de junho de 2022, quando o planeta concluiu sua rotação com 1,59 milissegundo a menos que o habitual.

 

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Mesmo com estudos em andamento, não há explicação científica definitiva para esse comportamento. O que se sabe, segundo o diretor do Observatório Nacional, Fernando Roig, é que a rotação da Terra não é completamente regular. Desde sua formação, o planeta vem, de forma geral, desacelerando. No passado distante, um dia durava cerca de cinco horas — bem diferente das 24 horas atuais.

 

“Essa aceleração momentânea é uma anomalia, mas ocorre de tempos em tempos”, explica o astrônomo. As possíveis causas envolvem a movimentação do núcleo do planeta, dos oceanos e da atmosfera, além da influência da Lua. No entanto, a ciência ainda busca respostas mais exatas.

 

 

Essa possível “pressa” da Terra tem sido observada com mais frequência nos últimos anos. De acordo com o astrofísico Graham Jones, do site timeanddate.com, o movimento de rotação tem se acelerado desde 2020. Ele explica que, embora a diferença seja mínima, com milissegundos de variação, equipamentos como GPS e satélites podem ser impactados.

 

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Em 5 de julho deste ano, por exemplo, foi registrado um novo recorde: -1,66 milissegundo. Outros registros recentes incluem -1,47 em 2021, -1,59 em 2022 e -1,31 em 2023. A expectativa é de que esse padrão se repita em 2025.

 

Para se ter uma ideia, um milissegundo equivale a 0,001 segundo. Uma simples piscada de olho dura cerca de 100 milissegundos, enquanto uma batida de asas de abelha leva cerca de 5 milissegundos.

 

 

Além de Jones, outros pesquisadores tentam entender o fenômeno. O cientista Leonid Zotov, da Universidade Estadual de Moscou, acredita que os modelos atmosféricos e oceânicos ainda não conseguem explicar totalmente a aceleração atual. Para ele, tudo indica que há relação com o interior da Terra.

 

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A professora Hannah Fry, da Universidade de Cambridge, destaca que o planeta nunca foi muito confiável como relógio. “Estamos em uma pedra desengonçada flutuando no espaço”, brincou em entrevista à BBC Radio 4. Ela lembra que, há 430 milhões de anos, havia 420 dias em um ano, o que mostra o quanto o ritmo de rotação já mudou ao longo das eras geológicas.

 

Já o filósofo Julian Baggini, que estuda a percepção do tempo em diferentes culturas, lembra que a experiência humana com o tempo é bem diferente da abordagem científica. “Para nós, o tempo tem passado, presente e futuro. Mas, na Física, isso não existe”, afirmou.

 

 

Enquanto a ciência tenta explicar por que a Terra gira mais rápido, a certeza é uma só: esta quarta-feira (9) será o dia mais curto do ano — mesmo que você nem perceba.

 

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*Com informações do G1 e BBC

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