O polêmico pronunciamento do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), realizado na noite desta terça-feira (24), teria sido elaborado com ajuda do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), considerado um dos mais radicais do grupo do Chefe do Executivo nacional. No discurso, o presidente pediu o fim do “confinamento em massa” diante da escalada da pandemia do coronavírus. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, o pronunciamento pegou de surpresa integrantes do próprio Palácio do Planalto. A decisão de fazer o discurso foi tomada após reunião com governadores do Sul e do Centro-Oeste, na tarde desta terça (24). Poucos auxiliares sabiam que Bolsonaro preparava uma declaração em cadeia de rádio e televisão.
Carlos Bolsonaro usou o twitter para indicar ações do Governo Federal sobre o coronavírus. Antes do próprio discurso do pai em rede nacional, ele se manifestou sobre o assunto e deu continuidade na manhã desta quarta-feira (25). O último argumento dele é de que “neste primeiro momento, já são cerca de R$ 600 bilhões de recursos do Governo Federal para Estados e Municípios no enfrentamento ao covid-19. O Brasil vencerá esta guerra”, de manifestou-se.
O presidente Bolsonaro adotou postura semelhante à do filho. Também na manhã desta quarta, ele continuou com manifestação contrária ao isolamento social. No twitter, ele fez duas publicações. Na primeira, feita logo no início do dia, Bolsonaro disse que 38 milhões de autônomos já foram atingidos. Ele voltou a argumentar que se as empresas não produzirem, não pagarão salários.
“Se a economia colapsar os servidores também não receberão. Devemos abrir o comércio e tudo fazer para preservar a saúde dos idosos e portadores de morbidades”, afirmou. Um pouco mais tarde o presidente divulgou um vídeo de pessoas no Japão e ele argumentou que se a política de isolamento continuar “teremos o caos e o vírus juntos”, relatou.
Do Mais Goiás | Em: 25/03/2020 às 10:37:28
