Ângela Silva Justino, de 39 anos, é mais uma vítima de feminicídio em Goiás. Ela morreu na última sexta-feira em um leito do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde tentava se recuperar de graves queimaduras provocadas pelo seu companheiro ciumento.
Conforme o relato da Polícia Militar, o suspeito, de 34 anos, desconfiava que Ângela o havia traído. Tomado pela raiva, banhou-a com gasolina e, em seguida, ateou-lhe fogo. A PM o localizou no dia seguinte e ele confessou não só o crime, como também a motivação.
Gravemente ferida, Ângela pediu ajuda e foi socorrida por vizinhos. Socorristas a levaram para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rio Verde, de onde foi transferida para o Hugol, em Goiânia.
Em nota, o Hugol disse que não poupou esforços para salvar a vida de Ângela.
Crime
Testemunhas disseram à Polícia Civil que, antes de ter o corpo banhado por gasolina, a vítima informou que foi amarrada e espancada pelo agressor – irritado porque ela havia dormido fora na noite anterior. Ela respondeu que dormiu fora porque, 24 horas antes, já havia apanhado.
De acordo com Danilo Fabiano, delegado da Polícia Civil, o suspeito tinha duas passagens pela polícia por lesão corporal contra Ângela.
O crime que era investigado pela Delegacia de Atendimento a Mulher (Deam). Agora, vai para jurisdição do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH).
*Laylla Alves é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira
Laylla Alves
Do Mais Goiás | Em: 11/05/2020 às 17:31:01