O julgamento dos acusados da morte do radialista Valério Luiz segue sem data prevista para acontecer. O Júri, – que estava previsto para esta terça-feira (23) – foi adiado em razão da pandemia que assola o país; a informação é do Tribunal de Justiça de Goiás. O profissional foi morto a tiros em frente à rádio em que trabalhava no dia 5 de julho de 2012.
O adiamento do júri do Maurício Sampaio e outros quatro acusados é resultado de uma determinação do Conselho Nacional de Justiça (CJN) em razão da pandemia do coronavírus. Ela ocorre não só aqui em Goiás, mas em todo território nacional. No estado, o retorno da realização dos júris está previsto para agosto.
O filho do radialista, o advogado Valério Luiz Filho, diz que pedirá ao juiz do caso, Lourival Machado, em agosto, que marque nova data, segundo o cronograma do Tribunal do Júri.
O crime
O radialista Valério Luiz foi assassinado a tiros, por um homem em uma moto, após deixar a Rádio Jornal, em Campinas, na capital. A Polícia Civil ligou o crime ao então cartorário e vice-presidente do Atlético Clube Goianiense, Maurício Borges Sampaio. A motivação seria críticas feitas à diretoria do time de futebol.
São acusados, além de Sampaio, o cabo da Polícia Militar Ademá Figueredo Filho, suposto autor dos disparos; Marcus Vinícius Pereira Xavier, Urbano de Carvalho Malta e o sargento Djalma Gomes, envolvidos no planejamento que culminou no assassinato.
Idas e vindas
No ano passado, o juiz da 3ª Vara de Crimes Dolosos contra a Vida, Jesseir Coelho, realizou um despacho em que afirmava não ter condições de marcar a data do júri que vai julgar os cinco acusados do crime contra o radialista. O magistrado afirmou que não havia estrutura na Comarca de Goiânia, como precariedade de dormitórios para jurados e falta de cadeiras confortáveis e espaço limitado. Assim, adiou os julgamentos.
Em outubro do ano passado, o mesmo juiz marcou nova data, destacando que o local ainda não tinha estrutura adequada para um júri da magnitude e repercussão do caso. Seriam três julgamentos distintos, marcados para 19 de fevereiro de 2020.
Já em dezembro o juiz Jesseir Coelho de Alcântara pediu afastamento da presidência do julgamento dos acusados do assassinato. Ele alegou motivo de foro íntimo. “Fiz tudo o que pude, mas esbarrei em óbices fora do meu alcance para que a sessão do júri fosse realizada a contento”, alegou.
Eduardo Pinheiro
Do Mais Goiás | Em: 23/06/2020 às 09:51:37