O candidato a vereador por Caldas Novas, Sandoval Damásio dos Santos, mais conhecido como Sandoval Leão, de 54 anos, foi encontrado morto em Araguari (MG). Ele era suspeito de estuprar uma cadela, conhecida como ‘Branquinha”, na cidade goiana no último dia 31 de outubro.
De acordo com o delegado regional de Caldas Novas, Gustavo Ferreira, inicialmente, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) trata o caso como suicídio. Ainda de acordo com o delegado, a suspeita teve início após um corpo ser encontrado em um lote baldio localizado na Rua Caiapó, no Setor Bosque Araguari, no município mineiro, no último dia 7 de novembro.
Além disso, Gustavo revela que, no dia anterior, Sandoval registrou boletim de ocorrência por perda de documentos. No mesmo dia, ele buscou atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e colou a identificação na camiseta que usava.
O delegado conta que os peritos criminas mineiros encontraram uma carta no lote baldio onde Sandoval foi encontrado. No documento, ele pede perdão aos familiares, à Deus e até ao ex-presidente Lula pelo crime cometido. O investigador afirma ter solicitado cópia do laudo cadavérico, que será anexado ao inquérito de maus-tratos, o qual deve ser encerrado.
Camisa de Sandoval encontrada no lote baldio (Foto: divulgação/PCMG)
Relembre o caso
Segundo informado pela Polícia Civil, o caso de estupro contra o animal ocorreu em 31 de outubro. Contudo, a ocorrência só foi feita na manhã da última quarta-feira (4) por um homem que seria o dono do animal. À polícia, ele disse que era vizinho do suspeito e fez imagens ao perceber os abusos.
Naquele momento, o delegado Rogério Moreira Silva afirmou à coluna Grande Angular que tanto o animal como o local dos maus-tratos passaram por perícia. “Se, ao fim da investigação, constatar que ele é o autor, será indiciado”, informou Moreira.
A cadela foi levada a uma clínica veterinária no mesmo dia da denúncia. Exames comprovaram a violência sexual.
Por meio de nota, a coligação Resgatando História e Mostrando Trabalho, da qual faz parte o PT, o PDT e o Patriota, informaram que o postulante à Câmara teve a candidatura retirada, além de ter sido expulso. Além disso, reforçaram que as ações do suspeito não têm ligação com nenhum outro membro da chapa.
O delegado Rogério chegou a afirmar que o homem não poderia ser preso, já que não houve flagrante. Vale destacar que a lei eleitoral veda prisões e candidatos a cargos eletivos nos 15 dias anteriores à eleição, exceto por flagrante. Ou seja, a regra começou a valer no dia do crime (31), uma vez que o primeiro turno do pleito ocorre no dia 15 de novembro.
Cadela vítima de abuso (Foto: Reprodução/Facebook)