A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) ingressou, na madrugada deste sábado (3/5), com uma ação popular na Justiça Federal de Brasília para tentar impedir a posse de Wolney Queiroz (PDT) como novo ministro da Previdência Social. O movimento ocorre um dia após a demissão de Carlos Lupi (PDT), pressionado pelo escândalo de descontos fraudulentos aplicados a aposentados e pensionistas do INSS.Tourist attractions

Damares argumenta que Wolney, atual secretário-executivo da Previdência, já tinha conhecimento das irregularidades investigadas e, mesmo diante de alertas formais, não tomou providências para proteger os beneficiários.

O escândalo do INSS foi revelado por reportagens do Metrópoles a partir de dezembro de 2023, apontando que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade sobre aposentadorias disparou para R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações.

A ação popular cita a participação de Queiroz em reuniões do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), incluindo um encontro em junho de 2023, em que a conselheira Tônia Galletti alertou oficialmente sobre os descontos indevidos aplicados nos contracheques de aposentados. Mesmo após ouvir o relatório sobre a fraude, segundo a ação, Wolney não adotou medidas concretas.

Além disso, Damares destaca que Queiroz presidiu parte da reunião do CNPS em abril de 2024, ocasião em que novas denúncias sobre o esquema já estavam circulando. Para a senadora, a omissão diante de “provas contundentes de irregularidades” torna Wolney responsável pelos atos e o torna inapto para assumir a chefia do ministério.

“Para Damares Alves, que também assinou pedido de impeachment de Carlos Lupi, Wolney Queiroz foi igualmente omisso e deve responder por seus atos”, diz trecho do pedido à Justiça.