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URGENTE: “Brasil não está sendo bom para os EUA”, Trump confirma nova taxa ao Brasil
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 10/07/2025 13:17
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (9) que anunciará “nas próximas horas” uma nova tarifa sobre produtos brasileiros. “O Brasil, por exemplo, não tem sido bom para nós, nada bom. Vamos divulgar um dado sobre o Brasil, acredito, no final desta tarde ou amanhã de manhã”, declarou o republicano a repórteres na Casa Branca, durante encontro com líderes da África Ocidental.

 

A medida faz parte de uma série de sobretaxas que Washington vem impondo, nas últimas semanas, a parceiros comerciais que, segundo Trump, “atrapalham” a venda de produtos norte-americanos ou se aproximam politicamente do bloco Brics. Na segunda-feira (7), cartas enviadas a governos estrangeiros confirmaram alíquotas superiores às previamente divulgadas – Japão e Coreia do Sul foram incluídos em uma lista que já abrange Argélia, Brunei, Iraque, Líbia, Moldávia e Filipinas, com tarifas que chegam a 30%.

 

 

Em abril, Trump anunciara o plano de cobrar tarifas “recíprocas” de países com os quais os EUA registram déficits comerciais. Desde então, poucos acordos foram fechados (com Vietnã e Reino Unido), enquanto avançaram tratativas com a China. Há dois dias, o presidente avisou que os países visados começarão a pagar as novas taxas em 1º de agosto, “sem prorrogações”.

 

Nas comunicações oficiais, Trump cita:

 

Déficits comerciais – afirma que os EUA compram mais do que vendem a determinadas nações.

Alinhamento ao Brics – diz que tarifas serão definidas “em resposta a outras políticas que se alinharem à postura do Brics”, bloco que considera prejudicial aos interesses norte-americanos.

Ainda não há detalhes sobre o percentual nem sobre os produtos atingidos. O Brasil tem superávit comercial de quase US$ 30 bilhões com os EUA (dados de 2024), concentrado em petróleo, celulose, minério e aço semiacabado. Analistas ouvidos reservadamente pelo Itamaraty avaliam que novas tarifas podem:

 

 

Redirecionar exportações brasileiras para a Ásia ou Europa, elevando custos logísticos;

Aumentar pressão cambial sobre o real, caso o fluxo de dólares via exportações seja afetado;

Reacender disputas na OMC, onde o Brasil costuma contestar barreiras norte-americanas a aço e alumínio.

O Palácio do Planalto ainda não se pronunciou sobre as declarações de Trump. 

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